Pesquisadores da Universidade de
Tallinn (Estônia) acreditam que os restos mortais de Vlad III – “Vlad, o Empalador” -, o homem que
inspirou a criação de Drácula, estão enterrados em uma igreja em Nápoles, na
Itália.
Vlad III foi príncipe da
Valáquia, uma província histórica da Romênia, três vezes. Ele viveu entre 1431
e 1476. Sua família nobre era parte da Ordem do Dragão, que estava envolvida na
luta contra a expansão do Império Otomano na Europa. Seu pai foi apelidado de
Dracul, que significa “Dragão”, de
forma que Vlad se tornou “Drácula”,
ou “Filho do Dragão”. Já a filha de
Drácula, Maria, foi levada para a corte napolitana, cuja família governante era
aliada à sua, onde ela foi adotada e se casou com um nobre napolitano.
Depois de sua morte, o príncipe
foi apelidado de “Vlad, o Empalador”
devido à sua prática de empalar seus inimigos. O nome do conde vampiro Drácula
do famoso livro de Bram Stoker, de 1897, foi inspirado em seu reinado. No final
de 1476, Vlad foi derrotado pelos otomanos. Alguns historiadores acreditam que
ele foi morto, sua cabeça foi levada para Constantinopla e seu corpo enterrado
em um mosteiro na Romênia.
No entanto, a arqueóloga Erika
Stella diz ter descoberto evidências que sugerem que Vlad na verdade foi
capturado e resgatado por sua filha. Documentos mostram que Maria pagou um
resgate para os turcos por Vlad, que foi então levado para Nápoles. A ideia da
equipe de pesquisa é que o príncipe tenha falecido por lá e sido sepultado na
igreja de Santa Maria La Nova, no mesmo lugar que sua filha e genro.
O colega de Erika, Raffaello
Glinni, um estudioso da história medieval, aponta para um túmulo particular da
igreja, do século XVI, que tem símbolos que teriam sido usados pelo príncipe
romeno. Esses símbolos, incluindo um da Casa de Cárpatos da Transilvânia, são
incongruentes com o túmulo de um nobre italiano.
“Quando você olha para as esculturas em baixo-relevo, o simbolismo é
óbvio. O dragão significa 'Drácula' e as duas esfinges opostas representam a
cidade de Tebas, também conhecida como Tepes. Nestes símbolos, o próprio nome
do Conde Drácula Tepes está escrito”.
O próximo passo da pesquisa é
abrir o túmulo para buscar mais evidências dessa hipótese. Eles já pediram
autorização oficial para tanto.
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