20 de julho de 2015

Misteriosas espirais de ouro encontradas na Dinamarca

Desenterrar metais preciosos em Boeslunde, Dinamarca, não é uma surpresa. A região é conhecida como uma área onde jazidas de peças valiosas são muitas vezes descobertas. Mas um pequeno enigma dourado encontrado recentemente tem surpreendido e deixado os arqueólogos perplexos: dois mil pequenos artefatos de ouro.

Boeslunde fica na Zelândia, a grande ilha entre a Dinamarca continental e a Suécia. A região compreende um grande sítio arqueológico do país, uma vez que tem servido como ponto histórico de conexão entre milhares de anos e eventos na região – de mudanças climáticas e assentamentos rurais recentes a fortalezas vikings de mil anos de idade. “Foi um lugar sagrado e especial na Idade do Bronze, onde os povos pré-históricos realizavam seus rituais e ofereciam ouro aos poderes mais altos”, afirma o curador do Museu Nacional Dinamarquês, Flemming Kaul. A descoberta constante de ouro ao redor da área tem estimulado incontáveis escavações – incluindo algumas mais completas, como essa, do próprio Museu Nacional.

Mas o que exatamente eles encontraram? Milhares de fios de ouro em espiral, cada um com cerca de uma polegada de comprimento, e que juntos somam mais de 200 gramas de ouro sólido, enterrados em uma caixa de madeira forrada de pele, que há muito tempo já se deteriorou. Ninguém está muito certo de como esses minúsculos fios foram realmente utilizados. Em seu comunicado de imprensa, o museu chama a descoberta - que data de cerca de 900 a.C. - de “pequeno mistério”.

Os pesquisadores têm algumas suposições. Por exemplo, as peças podiam ser decorações para invocar o poder do sol sobre a roupa de um sacerdote ou rei. “O sol foi um dos símbolos mais sagrados da Idade do Bronze e o ouro tinha uma magia especial”, explica. “Talvez o rei-sacerdote usasse um anel de ouro em seu pulso, e as espirais em seu manto e seu chapéu, que, durante as cerimônias e rituais, brilhavam como o sol”. Enterrados tão cuidadosamente como foram, as peças também poderiam representar um sacrifício.

O achado estimulou uma enorme quantidade de interesse público. Afinal, quem não ama um bom mistério envolvendo enormes quantidades de ouro enterradas há milhares de anos para fins desconhecidos? No início do mês de julho, o museu local em Skaelskor promoveu um evento de visualização durante duas horas, juntamente com uma palestra de um curador que discutiu a descoberta. Centenas de curiosos apareceram para prestigiar a pesquisa. De lá para cá, a busca por mais espirais – e talvez suas finalidades – seguem ininterruptas.

Fontes: 01, 02, 03.

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